Pequenos provedores de internet terão de se adaptar às novas regras impostas pelo Marco Civil, como a obrigatoriedade da manutenção de registros de acesso geral à internet em ambiente seguro por, no mínimo, um ano. O texto do Marco Civil, que a presidente Dilma Rousseff espera ser aprovado pelo Senado Federal, após intensa batalha na Câmara dos Deputados, em Brasília, valoriza a questão da privacidade. Logo, qualquer tipo de serviço relativo ao tema será bem-vindo, diz o presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet), Eduardo Neger. Ele acredita que o aumento do cuidado com temas relacionados à privacidade vai criar um novo nicho no País. “A questão da privacidade vai precisar ser profissionalizada”.
O presidente da Abranet usa o exemplo de um serviço oferecido no exterior. “Na Alemanha existem empresas especializadas em destruição de arquivos para garantir a privacidade”, conta. Desta maneira, podem surgir concorrentes a empresas como a Arcon, especialista em serviços gerenciados de segurança da informação. De acordo com Rogério Reis, advogado e diretor de Operações da Arcon, o debate em relação ao armazenamento seguro de informações se intensificou a partir das denúncias de espionagem por parte do governo norte-americano. “Já são quase quatro anos de discussão em torno do Marco”.
Fabiano André Vergani, conselheiro consultivo da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), acredita que um novo negócio certamente vai surgir com a nova formulação das diretrizes do setor: “A criação de soluções que facilitem este processo [de armazenagem de dados]”.
Fonte: DCI – 03 Abr 2014 – varejo digital
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